O Buquê

Eu nunca achei bonito, coisas simétricas demais, a minha mente é borbulhante  apesar de ter um pouco de toque, eu odeio quadros tortos, tapetes tortos ( e em uma das minhas fotos em casa percebo que meus quadros estavam tortos, nem gosto muito de vê-la, mas ficou bem bonita).

Sempre gostei daquilo que parece natural, peguei e no jardim e aqui esta. E foi assim meu buquê, claro que não peguei no Jardim, quem me dera... mas foi como se fosse.

Eu ia fazer um buque de broches, estão todos aqui lindos na minha casa em uma caixa de sapato, lindos, broches de vários tipos, vários lugares, antigos, novos... comecei a fazer e não era bem aquilo que eu queria. Conversei com a minha mãe, e ela compraria tulipas para mim, na verdade eu queria lavanda, mas vamos lá... não havia tulipas no Cadeg, então no dia anterior veio minha mãe com dois tipos de rosas para eu escolher qual delas eu queria... gostei demais delas e queria as duas...rs... arrumei as duas e achei que precisava de outro tom... e havia umas rosas meio bege rosado (nas fotos ficou meio branco) junto com as que estariam na minha casa para enfeitar. E pronto... peguei e fiz um tie dye das rosas,e eu achei arrumadinho demais, peguei e baguncei um pouco... e pronto estava ali meu buquê, a minha cara, a minha alma... peguei uma fita rosa e coloquei um broche antigo que comprei em uma feira de antiguidades. Uma peça linda de porcelana com rosas pitadinhas e com detalhes azuis. PRONTO!

Ah! Sobraram flores, mas eu não queria meu buquê exagerado...  para mim ele era lindo, um filho, algo que eu me orgulhava MUITO de ter feito, acho que foi a coisa que mais me orgulhei, tava nem ligando se alguém achasse feio ou não, para mim ele estava de como eu queria, estava como a minha áurea inquieta e um mar de rosas.

Fotos: Flavia Soares

Foto: Deni Azevedo